E se flor se chamasse âncora?
E se a promessa morasse na certeza?
E se sonhar fosse apenas descarte?
E se começar de novo fosse servido a cada café da manhã?
E pudéssemos apagar todas as cicatrizes?
E se nossos pés tivessem vida própria?
E se o céu não fosse tão infinito?
E o desejo coubesse no bolso?
E se a vida fosse só amanhã?
E se a dor nos fosse estranha?
E o balanço do barco nos lançasse sempre ao mar?
E se escolher nunca fosse uma maldição?
E se os relógios todos parassem agora?
E o tempo tivesse dois sentidos?
E se os poemas destruíssem mais que as bombas?
E se estivéssemos flutuando no vazio?
E mãos dadas fosse nosso único amparo?
E se a morte significasse urgência?
E se amor rimasse com vento?
E partir fosse sempre encontrar?
E se as janelas nunca se fechassem?
“E se” é a linguagem dos poetas
Um lugar pra gente respirar
Enquanto a vida nos arremessa a“o que é”
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