Eu sentada aqui assistindo minhas flores morrerem
As borboletas não têm vindo
E não sinto mais o perfume que me fazia querer revolver a terra
É uma cena triste
Mas não há mais nada que eu possa fazer...
Não é desleixo
Nem preguiça
Só não me sinto mais capaz
Pura impotência
Então apoio meu queixo entre as mãos
E aceito
Aceito vê-las murchando
Aceito o fato de que só a chuva ou o acaso poderá salvá-las
Aceito a morte
E tento ver nela alguma beleza
Mas não vejo
Para escapar da dor eu fecho os olhos
E me lembro de quando meu jardim era perfumoso e vicejante
Mas não adianta
A morte me agarra com toda a sua força
Por hora vou continuar aqui sentada
Mas no mês que vem...ou, quem sabe, depois de amanhã
Vou recolher as flores mortas
Adubar a terra
E plantar novas sementes
É que a vida insiste
É que a beleza me encanta
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