terça-feira, 1 de dezembro de 2015


Das intensidades que a vida tem me oferecido
Escolhi não me esquivar
A fé que eu professo
Entende que a vida é uma experiência única
E que a covardia é o pior dos pecados
Porque tudo que se leva dessa vida
São as marcas que ela imprime em nosso corpo

Entendo que tudo que não faz marca no corpo
Não vale realmente a pena
E as cicatrizes mais fundamentais
São sempre as mais fundas
Doídas
As que eventualmente sangram

Só acredito na vida que nos arremessa
E nos corpos que carregam marcas
Do tempo
De dores
De amores

Porque o que vale no final das contas
É aquilo que nos esfola
E quem recua da vida por medo de se esfolar
Quem nega as marcas do tempo por medo de envelhecer
Vai ter que se haver um dia com o futuro
Um futuro a lhe cobrar histórias

A cada um será dada a oportunidade de inventar sua própria tragédia
E encená-la
Triste é aquele que não tem nenhuma ruga, marca ou cicatriz para exibir no palco.

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